Ontem, 18 de março, foi celebrado o Dia Mundial do Sono, uma data que nos convida a refletir sobre a importância desse componente essencial para nossa saúde e bem-estar. O sono não é apenas um período de descanso; é um processo ativo que desempenha funções primordiais no organismo, afetando desde o crescimento infantil até a saúde mental. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em um relatório de 2022, a privação crônica do sono está associada a um aumento do risco de doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes e transtornos psicológicos.
Durante a infância, o sono é fundamental para o crescimento físico e desenvolvimento cognitivo. É nesse período que ocorre a liberação dos hormônios do crescimento, essenciais para o desenvolvimento adequado das crianças. Além disso, o sono contribui para a consolidação da memória e do aprendizado, influenciando diretamente no desempenho escolar e no equilíbrio emocional.
Para aqueles que praticam atividades físicas, o sono é um aliado indispensável. Durante o sono profundo, ocorre a liberação dos hormônios do crescimento, que auxiliam na reposição e no crescimento dos tecidos musculares. Uma noite mal dormida pode comprometer a recuperação muscular, aumentar o risco de lesões e prejudicar o desempenho atlético.
A relação entre sono e saúde mental
A relação entre sono e saúde mental é profunda. Uma boa noite de sono ajuda na regulação das emoções, melhora a capacidade de concentração e promove o bem-estar geral. Por outro lado, a privação de sono está associada a transtornos como ansiedade e depressão, além de comprometer a capacidade de tomar decisões e processar informações. A falta de sono adequado também pode causar irritabilidade, prejudicar a atenção e reduzir a capacidade de concentração, dificultando tarefas do dia a dia e impactando negativamente o desempenho no trabalho e nos estudos.
Para aprofundar nosso conhecimento sobre o tema, conversamos com a psicóloga Fernanda Pinto, especialista do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). Ela destaca que “o sono é um pilar fundamental para a saúde integral. Negligenciá-lo pode levar a sérios comprometimentos físicos e emocionais”.
Fernanda explica que o impacto da privação do sono vai muito além do cansaço. “Quando dormimos mal, o corpo libera mais cortisol, o hormônio do estresse, o que pode gerar irritabilidade e aumentar a pressão arterial. A médio e longo prazo, isso pode levar a quadros de hipertensão e outras complicações cardiovasculares”, alerta.
Além disso, a especialista reforça que o sono tem um papel crucial na imunidade. “Nosso sistema imunológico se fortalece durante o sono. Pessoas que dormem pouco tendem a adoecer com mais facilidade, pois o organismo não consegue produzir adequadamente as células de defesa”, pontua.
Para garantir uma boa qualidade do sono, Fernanda sugere algumas práticas simples. “Manter horários regulares para dormir e acordar, evitar telas antes de deitar, reduzir o consumo de cafeína à noite e criar um ambiente confortável no quarto são passos fundamentais para um sono reparador”, aconselha.
O IgesDF reafirma seu compromisso em fornecer informações de qualidade à população, alinhando-se às metas e valores de promoção da saúde e do bem-estar. A conscientização sobre a importância do sono é parte integrante de suas iniciativas de melhoria contínua, contribuindo para uma sociedade mais saudável e informada.
Neste Dia Mundial do Sono, é essencial considerar o papel vital que ele desempenha em nossas vidas. Priorizar noites bem dormidas não é um luxo, mas uma necessidade para manter a saúde física, mental e emocional em equilíbrio.
