Time de pesquisadores da UTI Neurotrauma do HBDF desenvolve técnica com potencial transformador

Time de pesquisadores da UTI Neurotrauma do HBDF desenvolve técnica com potencial transformador

Neuromodulação por Estimulação Elétrica Periférica (NEEP) tem revolucionado a recuperação de pacientes

Por Bruno Laganá

UTI Neurotrauma do HBDF possui um Time de Suporte Neuromuscular Avançado que aplica técnica revolucionária nos pacientes. Créditos: Alberto Ruy/IgesDF

Durante a última semana de janeiro, a UTI Neurotrauma do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) recebeu a visita de pesquisadores de um renomado hospital privado de São Paulo. O objetivo foi aprender mais sobre a Neuromodulação por Estimulação Elétrica Periférica (NEEP) e como implementar o “Time de Suporte Neuromuscular Avançado”.

Criado em 2021 pelo pesquisador Prof. Dr. Paulo Eugênio Silva e pela chefe do Serviço de Saúde Funcional, a fisioterapeuta Agda Ultra, este time de suporte busca mudar o paradigma atual (conhecido como survival), onde médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e nutricionistas focam em garantir que os pacientes sobrevivam ao período de internação na UTI. Com os avanços tecnológicos, o maior desafio atual é dar alta aos pacientes da UTI de forma mais rápida e com o máximo de independência funcional (survivorship).

A pesquisadora paulista Fernanda de Oliveira, comentou sobre a visita a Brasília. “Solicitamos autorização para uma visita técnica e estamos muito satisfeitos. Conhecemos um time de excelência, com protocolos robustos, dinâmicos e bem definidos. É um processo que traz claros benefícios para os pacientes críticos”, relatou.

Pesquisadores observam os resultados práticos da Neuromodulação por Estimulação Elétrica Periférica (NEEP). Créditos: Alberto Ruy/IgesDF

Marília Mendes Rodrigues, pesquisadora e membro do Time de Suporte Neuromuscular Avançado, explica: “Na UTI, o fisioterapeuta assistencial desempenha um papel fundamental, sendo responsável por até dez pacientes, com foco na reabilitação respiratória e motora. Além disso, ele colabora ativamente em atividades compartilhadas com a equipe multidisciplinar, como transporte intra-hospitalar. Enquanto isso, nosso time especializado trabalha no tratamento específico do sistema neuroimunoendócrino, com ênfase na manutenção da força, massa muscular e na redução do processo inflamatório de baixo grau. Ambos os fisioterapeutas, assistenciais e especializados, têm papéis distintos, mas essenciais, e complementares, garantindo um cuidado integral e otimizado ao paciente”.

Segundo o coordenador do Time, Prof. Paulo Eugênio Silva, dos pacientes que recebem alta, mais da metade desenvolve uma condição chamada de fraqueza adquirida na UTI. “O uso de medicamentos e a restrição ao leito durante a internação afetam o sistema nervoso periférico, reduzindo significativamente a força muscular. Para que não permaneçam muito tempo internados na UTI, que é um ambiente de alto potencial de infecção, os pacientes costumam ter alta sem conseguir caminhar, tomar banho sozinhos ou se alimentar. Muitos não conseguem voltar ao trabalho, o que se tornou um problema de saúde pública mundial”, explica.

Com a aplicação do Suporte Neuromuscular Avançado, a chance de alta sem sequelas é considerável. “Desde que implantamos essa tecnologia em 2021, atendemos mais de 5 mil pacientes. Em um ensaio clínico com 60 pacientes no Hospital de Base do DF, demonstramos que 50% dos que receberam tratamento convencional desenvolveram fraqueza adquirida na UTI, enquanto que nenhum dos que receberam o Suporte Neuromuscular Avançado apresentou essa condição”, afirma o Prof. Paulo Eugênio Silva. O estudo foi publicado em 2019 em um importante periódico da sociedade japonesa de terapia intensiva. Confira o estudo na íntegra: https://jintensivecare.biomedcentral.com/articles/10.1186/s40560-019-0417-x

Como funciona

Da esquerda para a direita: a chefe do Serviço de Saúde Funcional, fisioterapeuta Agda Ultra; o coordenador do Time de Suporte Neuromuscular Avançado, Prof. Paulo Eugênio Silva; e a pesquisadora e fisioterapeuta integrante do Time, Marília Mendes Rodrigues. Créditos: Alberto Ruy/IgesDF

Para aplicar a técnica, o time utiliza um dispositivo específico, desenvolvido a partir de pesquisas científicas que envolvem a NEEP. ‘Venho estudando a NEEP desde 2007. Em 2008, realizei um fellowship na Bélgica, o que me permitiu absorver novas ideias. Em 2012, já no Brasil, foi desenvolvido um dispositivo para a aplicação de NEEP em pacientes críticos, o único no mundo com certificação da ANVISA para uso em UTI, o que resulta em maior segurança na prática assistencial’, explica o Prof. Silva.

Os pacientes passam por uma rigorosa avaliação individual para aplicação do tratamento, que envolve a despolarização dos motoneurônios-α, duas vezes por dia, cinco vezes por semana. “Os equipamentos convencionais não possuem características fundamentais como frequência, largura de pulso e intensidade adequadas para nossos pacientes”, explica Marília Mendes.

Atualmente, o time da UTI Neurotrauma do HBDF está vinculado ao grupo de pesquisa “Fisiologia Clínica e Inovação Tecnológica”, certificado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e localizado no Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). “Por conta do grupo, conduzimos estudos clínicos, orientamos alunos de mestrado e doutorado e temos publicado artigos científicos em periódicos importantes”, relata o Prof. Silva.

Ana Carolina Lagoa, gerente de pesquisa da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (DIEP) afirma que a Gerência de Pesquisa (GERPE) atua no fortalecimento da produção científica no IgesDF, apoiando projetos inovadores como o desenvolvido pelo Time de Pesquisadores da UTI Neurotrauma do HBDF, liderado pelo Dr. Paulo Eugênio Silva.

“Esse grupo, certificado pelo CNPq como Fisiologia Clínica e Inovação Tecnológica, produz relevante e robusto conhecimento científico na área. Além desse suporte, a GERPE também é responsável pela gestão do Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq no IgesDF, contribuindo para a organização e o avanço da pesquisa institucional”, explica Ana Carolina.

O grupo tem quatro pesquisas em andamento, duas nacionais e duas internacionais. Recentemente, o Prof. Silva contribuiu para um livro oficial da International Functional Electrical Stimulation Society (IFESS) e foi convidado para palestras nos Estados Unidos. “Lançaremos o livro na RehabWeek 2025 em Chicago e depois palestrarei na Universidade de Maryland”, conta.

Com tanta visibilidade internacional, Prof. Silva demonstra orgulho do trabalho. “Temos muito orgulho do nosso time e da equipe da UTI. É um trabalho multiprofissional, com engenheiros, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, enfermeiros, cada um contribuindo de forma singular. As perspectivas de parcerias internacionais são promissoras e esperamos o apoio do IgesDF para continuar desenvolvendo essas tecnologias”, finaliza Prof. Silva.

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