Doença é responsável por cerca de 300 mil internações ao ano em todo o país –
Lembrado na última sexta-feira (21), o Dia Nacional de Combate à Asma, traz à pauta a doença que, principalmente nesse período de temperatura mais baixas afeta, de 10% a 25% da população brasileira e é responsável por 300 mil internações hospitalares por ano no país, de acordo com informações do Ministério da Saúde.
Segundo a chefe da Unidade de Pneumologia do Hospital de Base (HB), Margarete Zembrzuski, a asma é uma doença genética que causa inflamação dos brônquios. Os sintomas podem ser por curtos períodos ou persistentes. Os mais frequentes são tosse, que pode ser o único sintoma, chiado no peito e falta de ar. A intensidade das manifestações varia de ausência de sintoma a crises graves que necessitem de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“A asma é uma doença alérgica, desencadeada por alérgenos como ácaros, poeira, pólens e pelos de animais. Além disso, também pode ser desencadeada por irritantes das vias aéreas como produtos de limpeza, frio, poluição, fumaças e tabagismo. As crises de asma são comuns após resfriados e sinusites”, explica.
Margarete destaca que quando os sintomas ocorrem mais de duas vezes na semana, mesmo de forma branda, é necessário o uso prolongado de medicamento inalado.
“Todos os pacientes com diagnóstico de asma devem manter controle do ambiente em que vivem, não fumar e não interromper a medicação sem orientação médica. O objetivo do tratamento é que a pessoa tenha uma vida normal e sem limitações decorrentes da doença que, por vezes, impede que a pessoa pratique exercícios de maior impacto, por exemplo”, salienta a médica.
A Unidade de Pneumologia do Hospital de Base conta com ambulatórios de atendimento a pacientes com asma grave e ambulatórios de asma de difícil controle.
Prevenção – Como a maioria das crises de asma tem um pano de fundo alérgico, pessoas com tendência a sofrer dessa doença crônica precisam de um cuidado especial para manter o ambiente livre de agentes irritantes. Tapetes, carpetes, cortinas e bichos de pelúcia são focos de poeira e, por isso, devem ser evitados na decoração de casa.
A superfície de móveis e os cantinhos, além do piso, precisam ser limpos com pano úmido para não permitir o acúmulo de pó. Pelos de animais de estimação também costumam ser estopim de crises asmáticas.
Fumaça de cigarro, produtos de limpeza ou perfumes fortes são outros gatilhos das crises. Alimentos industrializados, por causa de substâncias conservantes, entram na lista de agentes capazes de provocar a dificuldade respiratória.
Manter as janelas abertas para que o ar entre e ventile o ambiente é providência bem-vinda para proteger as pessoas suscetíveis ao problema.
Texto: Leilane Oliveira/IGESDF
Foto: Davidyson Damasceno/IGESDF