O governador Ibaneis Rocha inaugurou na manhã desta quinta-feira (28) a UPA Gama, uma das sete unidades de pronto atendimento que estão sendo construídas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IGESDF) com investimentos de R$ 46,4 milhões feitos pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES).
A UPA Gama é a terceira unidade que o governador inaugura num intervalo de pouco mais de um mês, em exatos 35 dias. A primeira foi a UPA Ceilândia II, entregue no dia 24 de setembro, e a segunda foi a UPA Paranoá, inaugurada no dia 18 de outubro. Juntas, as três UPAs vão atender 13.500 pacientes por mês ou 162 mil pessoas ao ano, mais do que a população do Guará, que tem 134 mil habitantes.
Na UPA Gama, o GDF investiu o total de R$ 6 milhões 882 mil, sendo R$ 4 milhões 584 mil em obras estruturantes e R$ 1 milhão 742 mil em equipamentos e mobiliário hospitalar. Esse é o custo de cada uma das sete unidades que o IGESDF vem construindo desde maio de 2020.
Todas as UPAs foram planejadas com o objetivo de desafogar os ambulatórios e prontos-socorros dos hospitais da rede pública do Distrito Federal, que atende também pacientes provenientes das cidades do Entorno. A nova unidade vai desafogar diretamente o Hospital Regional do Gama, administrado pela Secretaria de Saúde, e indiretamente o Hospital Regional de Santa Maria, sob gestão do IGESDF.
“Ela vem para ajudar muito a saúde do DF porque o Hospital do Gama sofria de superlotação, então com a UPA a gente espera dar um melhor atendimento à população do Gama e de Santa Maria”, disse o governador Ibaneis Rocha.
“A inauguração desta UPA caracteriza a preocupação do governo com a população”, destacou o secretário de Saúde, geberal Manoel Pafiadache. “Com ela, a gente aproxima a população da nossa rede de saúde. Este é um equipamento de saúde magnífico que vai aliviar o atendimento nos hospitais do Gama e de Santa Maria”.
O presidente do IGESDF, general Gislei Morais de Oliveira, ressaltou que a inauguração de três UPAs em apenas 35 dias reflete o empenho do GDF, da Secretaria de Saúde e do instituto em retomar o cronograma das obras, prejudicado por causa da pandemia. “Com o avanço da vacinação e com a queda da contaminação, podemos retomar o ritmo das obras e entregar as novas UPAs”, enfatizou.
A inauguração da UPA Gama foi prestigiada por diversas autoridades, entre elas a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda; o presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente; e os deputados distritais, Jaqueline Silva, Daniel Donizet e Jorge Vianna, além dos parlamentares federais Celina Leão e Júlio César Ribeiro.
Sonho realizado
Ter mais uma unidade de saúde era um sonho de muitos moradores do Gama. Sonho que agora virou realidade para a comerciante Iva Nunes da Rocha, que vibrava muito enquanto acompanhava a inauguração da UPA. “Maravilhosa”, elogiou. “Essa UPA vai trazer muitos benefícios para a cidade. O Gama realmente estava precisando disso, o nosso hospital estava sobrecarregado. A UPA vai ajudar bastante a comunidade”, declarou.
A microempreendedora Individual Jaldete Souza Trindade Freitas também festejou a entrega da nova unidade de saúde. “Estou contente de colocarem essa UPA no Gama para aliviarem os hospitais. Moro aqui há 42 anos e a cidade é merecedora dessa UPA. Vai ser bom demais”, comemorou.
Para a administradora do Gama, Joseane Feitosa, a nova UPA é uma grande conquista dos moradores da cidade. “Por anos e anos nossa comunidade esperava essa UPA”, declarou. “Aqui já foi chamado de cemitério do Gama e agora é um local para salvar vidas”.
A estrutura física da UPA Gama
A mais nova unidade de pronto atendimento do DF está localizada no Setor de Indústria QI 7, na Área Reservada 2 da região administrativa do Gama. Assim como as outras unidades, a UPA Gama também ocupa área 5.600 metros quadrados e tem 1.200 metros quadrados de área construída, contando com o prédio central, estacionamento público, área do tangue de oxigênio e área verde.
A unidade dispõe de três salas de atendimento, identificadas por corres de acordo com o quadro clínico do paciente. A Sala Verde, destinada a pacientes de menor gravidade, dispõe de 10 poltronas para medicação, inalação e reidratação. A Sala Amarela, para casos intermediários, conta com seis leitos de observação e um leito de isolamento. Já a Sala Vermelha, para casos graves, tem dois leitos para pacientes que chegam em estado crítico. Além dessas, a UPA conta ainda com uma sala de classificação de risco e três consultórios.
A UPA Gama também dispõe de sala e equipamento de Raio-X, laboratório de exames e laboratório de imagens. Esses serviços não são exigidos pelo Ministério da Saúde para esse modelo de unidade de pronto atendimento (Porte I – Opção 3 do Sistema Único de Saúde – SUS), mas o Governo do Distrito Federal decidiu implantá-los em todas as novas sete UPAs para oferecer atendimento mais completo à população.
Profissionais de saúde
A UPA Gama tem capacidade para atender 4.500 pacientes por mês, o que representa 54.000 pessoas ao ano, o equivalente à população de Brazlândia, que tem pouco mais de 54.000 habitantes.
Para atender esse contingente, a UPA Gama conta com 154 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, assistentes sociais e pessoal administrativo. Dessa equipe, 146 profissionais são novos colaboradores contratados e já treinados. Os demais já pertenciam ao quadro de colaboradores do Iges.
Todas as novas UPAs têm Sala de Ensino, para que os profissionais possam realizar treinamentos e cursos de atualização permanente fornecidos pela Diretoria de Ensino e Pesquisa (Diep) do instituto.
Além disso, os médicos da UPA também contam com o suporte de especialistas do Hospital de Base, que trocam informações por meio do programa de telemedicina, dando informações por transmissão on-line e também via telediagnóstico.
Serviços disponibilizados
A UPA Gama foi construída para prestar serviços médicos de urgência. Por isso, está ligada diretamente ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Devem ser levados à UPA pacientes que apresentem problemas como pressão e febre alta; dificuldades respiratórias, como falta de ar; desmaio; convulsão, diarréia aguda; infecção do trato urinário; dor abdominal de moderada a aguda e complicações cardiológicas e neurológicas, como infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Compete à equipe médica avaliar a situação de cada paciente e adotar as medidas necessárias para preservar a saúde e a vida do enfermo. Entre essas medidas estão: prestar atendimento emergencial, averiguar o quadro clínico, prescrever medicamentos e exames, além de decidir se o paciente deve ou não ser encaminhado a algum hospital regional.