Humanizar: o projeto que vem transformando vidas no Iges-DF

Humanizar: o projeto que vem transformando vidas no Iges-DF

Colaboradores e pacientes vivem experiências que fortalecem a ideia de transformar a iniciativa num programa permanente

Ederson Marques

O Projeto Humanizar não transforma apenas a vida de quem procura por atendimento nas unidades do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). Transforma também quem diariamente trabalha nessas unidades, ajudando a salvar pessoas. Esse é o caso de Francijane de Almeida da Silva, 33 anos, que atua na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sobradinho, onde viu no Humanizar a oportunidade de mudar sua própria vida.

Francijane é de Chapadinha (MA) e chegou a Brasília há oito anos. Formada em biologia e estudante de enfermagem, estava desempregada. Há quase um ano, entrou para o Iges e foi trabalhar no Projeto Humanizar. Era o que ela sonhava para dar um sentido maior à sua vida. “Eu estava em busca de algo que pudesse mudar a realidade naquele momento”, relembra.

A bióloga e estudante de enfermagem Francijane é uma das monitoras do projeto Humanizar

“Quando fui apresentada à ideia do Humanizar, vi que era minha cara e me prontifiquei a participar”, relata. “Sabia que não seria fácil, pois a gente recebe pessoas fragilizadas pela doença. Muitas vezes estão nervosas, ansiosas e em busca de informações.”

Em um ano na UPA de Sobradinho, Francijane atendeu dezenas de pacientes e viveu com eles muitas emoções. Um caso recente, em plena pandemia, deixou-a profundamente comovida. A paciente era uma senhora de 87 anos, internada com covid-19 e que, por isso, não podia ver o marido. “Eu conversei com o médico responsável, expliquei a situação e sugeri a possibilidade de uma chamada de vídeo”, contou.

O médico compreendeu e se prontificou a providenciar. “No dia e hora marcados, para surpresa de todos, não apenas o marido, mas sete pessoas da família aguardavam ansiosos para falar e vê-la”, contou Francijane, emocionada.

Ampliação do Humanizar

São relatos como esse que fortalecem a ideia da ampliação do projeto. O presidente do Iges, Paulo Ricardo Silva, quer transformá-lo em programa social integrado ao novo modelo de gestão do instituto. Ideia que conta com o apoio da primeira-dama Mayara Noronha, secretária de Desenvolvimento Social. A proposta foi reforçada hoje (21) pela vice-presidente do Iges, Mariela Souza, durante o segundo dia de treinamento dos colaboradores do Humanizar.

Mariela entende que o projeto é a porta de entrada das unidades do instituto. “As pessoas chegam fragilizadas e encontram em vocês conforto e esperança”, enfatizou. “E é por isso que queremos ampliar o projeto e transformá-lo em programa muito em breve. Vamos continuar esse trabalho com empatia, ofertando ao outro o que temos de melhor”.

A diretora do Centro de Inovação, Ensino e Pesquisa do Iges, Emanuela Ferraz, está animada com a perspectiva de ampliação do projeto. Aos colaboradores, agradeceu e lembrou o trabalho da secretária Mayara Noronha na criação do Humanizar. “Já vamos fazer um ano e agradecemos à primeira-dama pela confiança e visão. Vamos continuar levando humanidade ao atendimento em nossas unidades.”

Sobre o Humanizar

Criado em 19 de novembro de 2019, o projeto segue as diretrizes estabelecidas pela Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde. A proposta é melhorar a relação entre pacientes, familiares e profissionais com acolhimento logo às portas de entrada das unidades de saúde.

Inicialmente, foi implantado no Hospital de Base, sendo depois levado para o Hospital de Regional de Santa Maria (HRSM) e para as seis UPAs administradas pelo instituto. Os bons resultados apresentados pela experiência levaram a nova diretoria a querer incorporar o projeto, de forma permanente, ao novo modelo de gestão do Iges.

Fotos: Ederson Marques/Ascom Iges-DF

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