Procedimento beneficiou dois pacientes do Iges-DF
Após a aquisição de aparelho de Sistema de Mapeamento Tridimensional, o Hospital de Base (HB) realizou nesta sexta-feira (03) dois procedimentos de ablação de taquicardia ventricular com mapeamento eletroanatômico.
Os pacientes internados na UTI Coronariana do HB, um de 47 e outro de 68 anos, portadores de Cardiopatia Chagásica e com cardiodesfibriladores implantados, foram os primeiros beneficiados após a aquisição do equipamento. Os procedimentos foram realizados pela equipe de Eletrofisiologia Invasiva, do Núcleo de Hemodinâmica.
Segundo a eletrofisiologista, responsável pela execução das ablações, Carla Septimio Margalho, a taquicardia ventricular é uma arritmia complexa e com potencial risco de morte.
“Pacientes com doenças cardíacas podem desenvolver essa arritmia. A técnica da ablação é feita para eliminar o foco de arritmia localizada no coração”, explica a especialista.
A médica cardiologista do Núcleo de Hemodinâmica, Edna Maria Marques, considera que a nova aquisição possibilitará que o Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges-DF) atenda com ainda mais eficácia, proporcione melhor qualidade de vida e diminua as internações relacionadas a certos problemas cardíacos.
“Com a compra do equipamento de mapeamento, o eletrofisiologista poderá avaliar e fazer ablações de arritmias mais complexas e com melhor abordagem. Nesse sentido, os portadores de taquicardia ventricular, que fazem uso de medicação antiarrítmica e de marcapassos CDI que precisam controlar a arritmia com muitos choques, serão assistidos de forma mais satisfatória”, avalia.
A filha do paciente João Ferreira de Oliveira, 68 anos, que estava internado na UTI Coronariana desde o dia 22 de abril, destaca que a família está confiante e feliz pelo procedimento realizado.
“Toda a equipe, em especial a médica Carla, nos explicou direitinho sobre a maneira como o procedimento aconteceria e os resultados esperados. Por isso, estamos animados pelo meu pai ser um dos favorecidos por essa técnica aqui no Hospital de Base”, destaca.
Ablação – Técnica minimamente invasiva, que através de pequenos furos ou punções leva cateteres até o coração, capaz de eliminar áreas doentes do miocárdio responsáveis pela alteração do ritmo cardíaco (arritmias). A ablação é uma forma de tratamento intervencionista com baixo risco de complicações (menor que 1%) e alta probabilidade de sucesso (entre 90% e 99%).
Texto: Leilane Oliveira/Iges-DF
Fotos: Davidyson Damasceno/Iges-DF