O IgesDF realizou na manhã de hoje (01) o I Seminário de Prevenção e Combate ao Assédio, para diretores e gestores do instituto. “Precisamos combater e repudiar o assédio moral e sexual e estar preparados para receber e acolher nossos colaboradores”, ressaltou a presidente do IgesDF, Mariela Souza de Jesus, na abertura do evento.
O coordenador de Compliance e Governança do IgesDF, Eduardo Corrêa, destacou a importância do encontro. “O objetivo é conscientizar a todos sobre a relevância deste tema, trazendo informações, mostrando as consequências do assédio moral e sexual, pensando a parte prática, com palestrantes que têm amplo conhecimento, abordando também a importância da saúde mental e reforçando o compromisso do IgesDF”, resumiu.
“Os gestores são faróis, são exemplo. A matéria que discutiremos hoje precisa ser tratada com muita seriedade. Que levemos à frente a cultura de repúdio e enfrentamento ao assédio”, destacou o controlador interno do IgesDF, Daniel Alves Lima.
O primeiro painel foi apresentado pela chefe da Assessoria de Apoio aos Julgamentos da Controladora-Geral do DF e membro titular da Comissão Especial de Combate e Prevenção ao Assédio Moral e Sexual do Distrito Federal, Michelle Gomes Henriger Caldeira. Ela falou sobre assédio na Administração Pública, formas de identificá-lo, conceituou e abordou aspectos de assédio moral e sexual e também apresentou dados em relação a denúncias de assédio no âmbito do GDF em 2021 e 2022.
Michelle Henriger abordou ainda atitudes, deu exemplos positivos e negativos, além de destacar as consequências físicas, emocionais e psicológicas decorrentes do assédio moral. Por último, ela abordou aspectos de configuração do assédio sexual, assim como consequências e legislação sobre o tema. “Juntos devemos construir um ambiente de trabalho saudável, seguro e inclusivo. Assédio moral e sexual são inaceitáveis e devem ser abolidos das relações de trabalho”, concluiu.
O segundo painel foi apresentado por ela e pelo advogado trabalhista Ronaldo Ferreira Tolentino, presidente da Comissão de Direito do Trabalho do Conselho Federal da OAB. Ele falou sobre a intencionalidade do assédio moral, preceitos legais, além de danos morais e de formas de provar as condutas de assédio. “Por mais que se consiga punir o agressor, dificilmente é possível reparar o dano causado à vítima”, destacou o advogado.
O terceiro painel foi apresentado pela procuradora Flávia Funch, do Ministério Público do Trabalho, que também abordou questões de assédio moral no ambiente de trabalho, dispositivos legais, além de situações e atitudes que podem configurar assédio moral, formas de prevenção dentro das instituições e consequências. “Este seminário é um passo muito importante para aprimorar a prevenção ao assédio moral”, ressaltou a procuradora, que também falou da atuação do MPT.
Por fim, as psicólogas Izabel Regina e Sara Hussein, que atuam no Projeto Acolher, desenvolvido pelo IgesDF com o objetivo de cuidar da saúde mental dos colaboradores e da qualidade de vida no trabalho.
Psicóloga clínica, pós-graduada em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, Izabel Regina apresentou alguns conceitos de trabalho como reconhecimento do ser humano e abordou os danos psicológicos e impactos do assédio moral e sexual. “Os assédios são vistos com terror dentro do ambiente de trabalho”, ressaltou.
Em seguida, a psicóloga especialista em saúde mental infanto-juvenil Sara Hussein falou sobre a responsabilidade que todos têm sobre a sua própria saúde mental e a das pessoas à sua volta. “O assédio moral e sexual impacta no corpo e provoca dor. Pode causar efeitos como estresse, esgotamento e depressão”, destacou.
Entre as ações do Projeto Acolher, estão atividades de promoção, prevenção e de orientação nas áreas de psicologia, psiquiatria e nutrição, além de acupuntura, Reiki e ginástica laboral. Em um ano de projeto, foram mais de 3,3 mil atendimentos.