João precisava fazer hemodiálise várias vezes por semana até receber um novo rim
Na manhã desta sexta-feira (11), um paciente chamava a atenção na entrada da internação do Hospital de Base – HB. O nome dele é João Batista da Silva, 57 anos. Ele segurava uma faixa com uma mensagem de agradecimento à equipe do transplante renal. Esse foi o jeitinho que ele encontrou para comemorar o primeiro ano da cirurgia que deu a ele um rim novo e uma nova vida.
João levantou cedo para fazer a homenagem. Ele é morador de Águas Lindas de Goiás e chegou por volta das 7h. Fez questão de usar terno e uma máscara que ele mesmo pediu para ser feita com as palavras: “Transplantado – Rim”.
“Estou fazendo essa homenagem hoje, porque completo um ano do meu transplante renal. Graças a Deus, obtivemos sucesso e estou aqui para homenagear. Não cabe o nome de todos nessa faixa, mas quero agradecer aqueles que cuidaram de mim no Hospital de Base. Quero parabenizar a todos que fazem acontecer no Hospital de Base, desde aquele que trabalha na limpeza até quem está na mais alta posição”, elogiou.
João contou que os rins apresentaram insuficiência por causa da pressão arterial muito alta. “Eu cuidava, mas chegou a um ponto em que eu precisava fazer hemodiálise. Passei cinco anos e seis meses no tratamento que era feito três vezes por semana, até que perdi os dois rins”, lembrou.
Segundo ele, o procedimento de hemodiálise gerava muito desconforto. “A gente que faz hemodiálise não pode dizer que tem vida em si mesmo. É muito difícil esse procedimento. Eu me sentia fraco, cansado e sem força”, afirmou.
Antes de ir embora, ele fez um apelo para quem desconhece a importância da doação de órgãos. “Hoje me sinto outro homem, graças a Deus e à equipe do transplante renal. Sei que algumas pessoas têm medo, mas sejam doadores de órgãos. Vocês vão salvar vidas. Deus vai te abençoar muito mais”, finalizou.
Texto: Ailane Silva/IGESDF