Resumo das melhorias apresentado no Palácio do Buriti mostra mais atendimentos, construções, reforço de profissionais, serviços implantados e novos projetos –
Um balanço de toda a rede de saúde do DF em 2019, primeiro ano do governo Ibaneis Rocha, foi apresentado à imprensa, no Palácio do Buriti, nesta quinta-feira (23). De acordo com o levantamento, houve significativa melhora em todos os serviços, com expansão dos atendimentos, implantação de novos serviços, reformas em várias unidades e entrega de obras e equipamentos.
Participaram gestores do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF), Secretaria de Saúde do DF (SES), Instituto de Cardiologia do DF (ICDF), Hospital da Criança de Brasília (HCB), Fundação de Ensino e Pesquisa (Fepecs) e Fundação Hemocentro de Brasília (FHB).
“O ano de 2019 foi importante, porque foi quando criamos um dos maiores projetos na área da saúde: o IGESDF. A partir daí, reformamos e abastecemos seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) que estavam destruídas, colocamos 3,8 mil pessoas para trabalhar nas UPAs, no Hospital de Base e no Hospital de Santa Maria, que estava em crise”, avaliou o diretor presidente do IGESDF, Francisco Araújo.
O gestor destacou que, em 2020, o esforço será ainda maior para recuperar o tempo perdido durante anos. “Para o IGESDF, a prioridade agora é criar uma linha de cuidados na oncologia para cuidar do paciente com câncer de ponta a ponta. Por isso, vamos acompanhar de perto a construção do Hospital do Câncer, que vai integrar o serviço do Hospital de Base, que é referência nesse atendimento no país”, destacou, ao ressaltar que a construção de sete UPAs aprovada em 2019 também trará grandes impactos nos resultados para melhorar a saúde.
“Chegamos a um ponto estável, com todas as peças importantes colocadas em seus devidos lugares. Eu tenho certeza do sucesso da saúde em 2020, 2021 e 2022. Estamos muito confiantes de que teremos as entregas realizadas conforme solicitado pelo nosso governador”, afirmou o secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto.
IGESDF – Em 2019, o balanço do Hospital de Base (HB) aponta que foram feitos 1.616.969 procedimentos ambulatoriais, 832.711 procedimentos com finalidade diagnóstica (exames e outros), 11.331 cirurgias, 287.024 consultas e 44 mil campos de radioterapia em 2019.
Já no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), foram 537.085 procedimentos ambulatoriais, 297.324 procedimentos com finalidade diagnóstica e 1.606 cirurgias. As consultas ficaram em 74.338.
As seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) alcançaram 1.048.406 procedimentos com finalidade diagnóstica, 233.150 atendimentos médicos, 199.041 acolhimentos com classificação de risco e 41.379 atendimento de pacientes que ficaram em observação.
Em infraestrutura, foram investidos R$ 1,5 milhão em obras no HRSM, R$ 1,5 milhão em reformas nas UPAs, iniciadas as obras da Medicina Nuclear para instalar o PET-CT no HB e da reforma da sala de manipulação de quimioterápicos. No HB, houve, ainda, a reativação do sétimo andar do HB, a abertura de mais uma sala cirúrgica e o início da realização dos exames de imuno-histoquímica, o primeiro da rede no DF.
As unidades também ganharam mais aparatos tecnológicos e mobiliário renovados. Foram investidos R$ 135 mil em três mesas cirúrgicas, R$ 319.820 mil em 159 cadeiras de rodas, R$ 150 mil em 300 cadeiras de banho, R$ 518 mil em 968 cadeiras e longarinas, R$ 110 mil em 101 beliches para repouso médico, além da aquisição de dois ecógrafos e o conserto de equipamentos e substituição em todas as unidades.
Entre outras ações, houve a disponibilização de uma sala exclusiva para ortopedia no HB, salas de cirurgia eletivas aos sábados, criação de enfermaria específica para pacientes oncológicos, abertura de 85 leitos no HB, HRSM e UPA de Sobradinho e lançamento do Projeto Humanizar com 100 monitores para acolher os pacientes.
Um grande marco foi também a retomada das cirurgias cardíacas de peito aberto no HB e a ampliação do serviço de uma empresa especializada em radiologia do HB para UPAs e HRSM. Também foi implantado um novo sistema de gestão hospitalar que recebeu R$ 21 milhões de investimentos em todas as unidades, com exceção de Santa Maria que será contemplada em maio. O valor inclui, além do sistema, cabeamento estruturado de rede, switches e computadores.
SECRETARIA DE SAÚDE – Na área de Vigilância à Saúde, foram realizadas 365 análises de saúde do trabalhador, enquanto em 2018 foram 33. Para combater a dengue, foram instaladas 5,4 mil armadilhas em 2019 contra 300 em 2018. Além disso, 1.097 milhão de imóveis foram inspecionados contra 82 mil no ano anterior.
A Subsecretaria de Administração Geral registrou redução de despesas indenizatórias de R$ 174 milhões para R$ 76 milhões. Entre as metas estão extinção das despesas indenizatórias, reequilíbrio dos contratos, revisão das portarias de contração, conclusão de licitações importantes, entre elas, para contratação de um operador logístico, de um sistema de gestão hospitalar, compras de tomógrafos e ressonâncias.
Em infraestrutura, forma concluídas obras de diversas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), sendo algumas localizadas em Planaltina, Santa Maria, Recanto das Emas e Samambaia. Houve também reforma de UBS como a da Ponte Alta, no Gama.
Entre as metas estão melhorar o sistema de ar condicionado do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), melhorar a eficiência energética nos hospitais, licitar mais oito UBSs e iniciar a obra do Hospital Oncológico, que deve custar aproximadamente R$ 122 milhões. Também estão na mira ergue um Hospital Materno Infantil e um Hospital Geral em Ceilândia.
Na Subsecretaria de Planejamento em Saúde, foram habilitados diversos serviços para recebimento de verbas pelo Ministério da Saúde, entre eles, leitos de UTI, cirurgia bariátrica e UBSs. Entre as perspectivas, estão reestruturar os processos de compra e credenciamento de 19 serviços, além de aperfeiçoar o site Sala de Situação com o aumento da transparência ativa. Também há a pretensão de criar painéis para monitorar informações estratégicas.
Na área de Logística, está em processo a reorganização física dos galpões, foi iniciado o processo para contratação de operador logístico e entre as metas está a aquisição de Órteses, Próteses e Materiais Especiais consignado e, com isso, zerar a fila de pessoas que aguardam itens como cadeiras de rodas, muletas, próteses.
Na área de Gestão de Pessoas, que faz a administração de 33 mil servidores ativos e 19 mil inativos, foram colocados em dia os pagamentos de pessoal por serviço extraordinário, sendo R$ 8 milhões de 2018 e R$ 5,8 milhões em 2019. Foi regularizado o pagamento de Trabalho por Tempo Definido (TPD), que deve ser feito em até 60 dias segundo a legislação. Houve, ainda, redução de absenteísmo de 40 mil dias em relação a 2018.
Também foram retomados o pagamento de pecúnias de 2002 a 2012, que eram exercícios findo e somavam R$ 9 milhões. Houve a parametrização e monitoramento da força de trabalho, bem como foi lançado um sistema para verificar a compatibilidade de acumulação de cargo. Entre as metas, um importante projeto de governo para informatização da folha de pagamento.
Na Atenção Primária, foram feitos 2,5 milhões de atendimentos, um aumento de 40%. Além disso, foram criadas mais 25 mais equipes de saúde bucal e 81 serviços de práticas integrativas. Houve o aumento de mais 12 farmácias de distribuição nas UBS e 19 UBSs ampliaram o horário de funcionamento para até 22h. Foram criadas salas de acolhimento em todas as UBSs tipo 2.
Na Atenção secundária e Terciária, foram feitas 68 mil cirurgias, 589 mil consultas em 23 policlínicas, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), mais de 143 mil atendimentos e procedimento e a reabertura do serviço de pediatria no HRAN que estava fechada desde 2018.
Houve, ainda, a criação do plano de prevenção ao suicídio, oferta de mais de 5 mil diárias de internação para dependentes químicos e desbloqueio de todos os leitos de UTI. Outra melhoria alcançada foi a redução de óbitos nas internações em 23% em todos os hospitais.
No Fundo de Saúde, além do pagamento de dívidas com os fornecedores, retirando a pasta da inadimplência e aumentando o interesse de empresas em participarem de licitações, está sendo implantada a ordem cronológica de pagamentos. O Fundo de Saúde também conseguiu a aprovação de convênios na ordem de R$192,5 milhões e emendas federais que somam R$ 212 milhões.
No Complexo Regulador, foi qualificada a fila de espera e a meta é regular 100% das especialidades ambulatoriais e cirúrgicas, formando uma fila única para todo o DF.
No Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), foi implantado o Serviço Unificado de Atendimento, uma parceria com o Corpo de Bombeiros Militar (CBP), otimizando o uso das ambulâncias e evitando o deslocamento duplo de ambulâncias desnecessário. Houve, ainda, o aumento de repasses do Ministério da Saúde com a qualificação dos serviços, entre elas, 19 ambulâncias foram habilitadas.
Na Fundação Hemocentro de Brasília, foram 69 mil atendimentos de doadores de sangue, 112 mil componentes produzidos e 10.515 exames de doadores e pacientes para transplantes. Entre as metas está a nomeação de 50 profissionais e implementação melhorias e serviços como o de teste de tipagem de alta resolução.
Já a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), foram realizados diversos cursos e capacitações.
O ICDF registrou 77.257 exames e consultas, 4.613 procedimentos hemodinâmicos, 1.781 cirurgias e 216 transplantes de coração fígado, rim, medula óssea e córnea.
No HCB, entraram em operação de 148 leitos de internação, sendo 30 de UTI. Foram feitas 2,8 mil cirurgias, com destaque para a separação das gêmeas siamesas, 4.776 internações hospitalares, 328.231 exames diversos, entre outras realizações.
Texto: Ailane Silva/IGESDF
Fotos: Davidyson Damasceno/IGESDF