Problema é mais comum em crianças
Nesta terça-feira (8), pacientes e colaboradores participaram da palestra educativa Alergia Alimentar, no corredor do ambulatório do Hospital de Base (HB). A atividade, ministrada pela médica alergista do HB, Marta Guidacci, celebra a Semana Mundial de Alergia, comemorada em vários países pela Organização Mundial de Alergia e, no Brasil, organizada pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).
“A alergia alimentar é uma reação indesejada causada por alguma substância que compõe determinado alimento. Os sintomas podem envolver desde simples coceira nos lábios até reações graves que podem comprometer vários órgãos do corpo”, explica a profissional.
Segundo ela, estima-se que a prevalência da alergia alimentar em crianças seja de 8% e em adultos de 2%. Em adultos, a alergia pode ser uma persistência que vem desde criança ou uma sensibilidade que surgiu com o tempo.
Há oito alimentos responsáveis por 80% a 90% das reações alérgicas. São eles: leite de vaca, ovo, soja, trigo, amendoim, castanhas (nozes, amêndoas, pistache, avelã), peixes e frutos do mar. “O amendoim, os crustáceos, o leite de vaca e as nozes são os alimentos que provocam reações graves com maior frequência”, alertou a médica.
Aproximadamente 85% das crianças perdem a sensibilidade à maioria dos alimentos que provocam alergia entre os 3 e cinco anos de idade. Porém, quando estão relacionadas ao amendoim, nozes, peixe e camarão, raramente desaparecem.
REAÇÕES – As manifestações clínicas mais presentes são na pele, que pode desenvolver urticária, inchaço, coceira e dermatite; no aparelho gastrointestinal, pode haver diarreia, dor abdominal e vômito; e no sistema respiratório, tosse, rouquidão e chiado no peito.
Já as reações mais intensas podem acometer vários órgãos, configurando uma reação anafilática, que é uma reação súbita grave, que necessita de socorro imediato por ser potencialmente fatal, com colapso vascular.
DIAGNÓSTICO – É feito por história clínica minuciosa, exame físico, entre outros testes. No Hospital de Base, o ambulatório oferece o atendimento de imunologia e alergia. Os pacientes são encaminhados pela Central de Regulação da Secretaria de Saúde do DF.
TRATAMENTO – Até o momento, não existe um medicamento específico para prevenir a Alergia Alimentar. Uma vez diagnosticada, são utilizados medicamentos específicos para o tratamento dos sintomas, sendo de extrema importância fornecer orientações ao paciente e familiares para que se evite novos contatos com o alimento desencadeante.
O paciente deve estar sempre atento verificando o rótulo dos alimentos industrializados buscando identificar nomes relacionados ao alimento que lhe desencadeou a alergia. O único tratamento preconizado até o momento é a restrição absoluta do alimento responsável pela Alergia Alimentar. Geralmente, recomenda-se avaliação e acompanhamento nutricional.
Texto: Ailane Silva/Iges-DF
Imagem: Divulgação