O presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), Gilberto Occhi, assinou nesta quinta-feira (18) toda a documentação para que a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) libere o início das atividades do equipamento PET-CT do Hospital de Base. Essa é a última etapa até que o aparelho possa ser utilizado por pacientes em tratamento de câncer na rede pública de saúde do Distrito Federal.
A decisão de buscar acelerar o processo de aprovação do PET-CT é parte da missão recebida por Occhi do governador Ibaneis Rocha de trabalhar para que o Hospital de Base, que já é referência em saúde pública do DF, seja também referência para o Brasil. “O início da operação desse aparelho será um avanço no tratamento do câncer na rede pública”, avaliou o presidente do Iges.
O aparelho permitirá a realização de exames de imagens de alta definição para diagnósticos oncológicos. A gerente de Engenharia Clínica do Iges-DF, Lívia Oliveira, esclareceu que até entrar em operação o aparelho terá que passar por três calibrações. A primeira já foi realizada. “As últimas duas calibrações precisam ser feitas com a anuência da CNEN, que é a etapa a ser cumprida agora”, explica.
Lívia Oliveira informou ainda que posteriormente serão adquiridos materiais radioativos (radioisótopos) para abastecer o equipamento. Essa fase depende também de autorização da CNEN. “A equipe está trabalhando para que essa autorização saia o quanto antes”, reiterou a gerente.
Medicina nuclear
O PET-CT será operado pelo Núcleo de Medicina Nuclear do Hospital de Base. Quando estiver em funcionamento, será o primeiro e único da rede pública de saúde do DF. O aparelho terá capacidade para realizar entre 12 e 15 exames com qualidade por dia, segundo o médico Rodrigo Guimarães Furtado, chefe do setor. “Mas isso sempre depende da disponibilidade de recursos humanos, insumos radioativos, materiais e manutenção de equipamentos”, ressalta.
Uma vantagem do PET-CT diz respeito à economia de recursos públicos. “A utilização do aparelho significa maior precisão no diagnóstico e na escolha das terapias a serem aplicadas”, destacou Guimarães. “Isso impacta diretamente nos custos dos tratamentos.”