A formação militar, a experiência mútua em saúde pública e uma sólida amizade entre dois generais podem contribuir decididamente para melhorar os serviços prestados pela Secretaria de Saúde (SES) e o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF). Foi com essa perspectiva que na 30ª Reunião Extraordinária do Conselho de Administração do IGESDF, realizada nesta sexta-feira (3), os nove conselheiros aprovaram por unanimidade o nome do general Gislei Morais de Oliveira para assumir o cargo de diretor-presidente do Instituto, no lugar de Gilberto Occhi, que pediu exoneração no último dia 30.
Ao abrir a reunião virtual, o general Manoel Narvaz Pafiadache, secretário de Saúde e presidente do Conselho, fez um breve relato da relação entre ele e o general Gislei. Lembrou que se conheceram no Exército e que atuaram juntos em diversas missões administrativas na área da saúde, como no planejamento estratégico, reorganização e acreditação dos 47 hospitais da corporação e na transição administrativa do Hospital de Base para o Instituto HB, hoje IGESDF. Disse ainda que submeteu a indicação ao governador Ibaneis Rocha, que a aprovou imediatamente.
Pontos fortes
Antes da votação, o general Gislei falou aos conselheiros sobre a experiência dele na saúde do DF. Lembrou que no IGESDF exerceu três cargos: superintendente Administrativo, diretor Administrativo e diretor de Planejamento. Foi ainda superintendente do Instituto de Cardiologia do DF, onde estava antes de aceitar o convite para presidir o Iges.
Na avaliação do general Gislei, o IGESDF tem dois pontos estruturantes fortes que o diferenciam das outras organizações hospitalares públicas: o poder de compra e o processo de seleção de recursos humanos. Segundo ele, esses dois “regulamentos próprios” oferecem as vantagens de uma instituição que recebe recursos públicos de forma regular para executar atividades típicas da iniciativa privada.
Na visão do general, é preciso aprimorar esses pontos fortes para vencer os desafios enfrentados pelo IGES. “Precisamos desenvolver mais o poder de gestão do instituto; precisamos aumentar as nossas normas, as nossas regras, os nossos processos”, defendeu. “Porque uma instituição forte não pode depender somente das pessoas. Ela tem que ter suas regras bem definidas. É assim que funcionam as grandes empresas”.
Ele declarou ainda que, caso venha a ser confirmado no cargo pela Câmara Legislativa, pretende por em prática uma proposta que havia apresentado quando foi diretor de Planejamento da instituição: o plano de orçamento do Iges. “Eu pretendo resgatar esse planejamento orçamentário”, afirmou, salientamdo que a proposta prevê que maior controle sobre o uso dos recursos, que deve sempre estar em sintonia com a receita que a instituição recebe.
Ao justificarem seus votos, os conselheiros entenderam que as afinidades entre os dois generais vão contribuir para somar forças em defesa da melhoria da qualidade da saúde pública do DF. “É a primeira que vez que vejo o alinhamento entre um secretário de Saúde e um presidente do IGESDF”, aprovou a conselheira Samara Furtado. “É como se fossem uma pessoa só, que falam a mesma linguagem”.
Novo controlador
Na mesma reunião, também por unanimidade, foi aprovado o nome de Daniel Alves Lima para o cargo de controlador interno do IGESDF no lugar de Duque Dantas. Lima exercia o cargo de chefe de gabinete da Controladoria Geral do Distritro Federal, tendo sido secretário interino de Ética Pública e subcontrolador de Transparência e Combate à Corrupção. Os conselheiros entenderam que, pela biografia, Lima terá função estratégica junto à diretoria do Iges.
A reunião do Conselho de Administração foi acompanhada pela diretora vice-presidente Mariela Souza de Jesus; Emanuela Dourado Rebelo Ferraz, diretora de Inovação, Ensino e Pesquisa; Jair Tabchoury Filho, diretor de Atenção à Saúde; e Paulo Leonel de Souza Menezes, diretor de Administração e Logística.