Em entrevista ao G1 nesta segunda-feira (4), o diretor-presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF) disse que levará dois meses para implementar a nova gestão da forma que o governo deseja. O prazo dado por Francisco Araújo é bem maior do que o pretendido pelo governador Ibaneis Rocha (MDB).
No dia 31 de janeiro passado, quando sancionou a lei que expande o modelo do Instituto Hospital de Base (IHBDF) a mais unidades de saúde da capital, Ibaneis afirmou que desejava ver os centros de saúde operando de maneira diferente “já nos próximos 10 dias“. Segundo Araújo, a mudança de gestão nas seis UPAS e no Hospital de Santa Maria não será tão rápida.
“Para elas estarem habilitadas, porque funcionando elas estão de forma muito precária, que até nos envergonha, acho que em uns 30 dias… dois meses elas estarão como pretendemos que elas estejam.”
O diretor do IGESDF disse que os trabalhos começaram a partir da aprovação da Lei que mudou o nome do instituto. Mas em um prazo de 10 dias seria possível apenas começar a organizar a expansão.
“Com a lei sancionada, na semana passada o pessoal já rodou as Upas e o Hospital de Santa Maria. A organização está nos 0 dias e, aos poucos, os serviços vão acontecendo também.”
MÁ GESTÃO
Segundo o diretor do novo instituto, que até o dia 30 de janeiro era secretário-adjunto de Gestão em Saúde do DF, a pasta foi feita para não funcionar. “São 35 mil servidores e a folha de pagamento é feita em uma planilha de excel, pior do que em uma prefeitura do interior do Brasil. Isso é uma vergonha”.
“A gente não consegue dimensionar a rede que nós temos. A gente acha que tem 5 mil médicos, acha que tem 3 mil enfermeiros, só acha. Porque efetivamente a gente não sabe”.
Diretor-presidente do Instituto Hospital de Base espera expandir modelo em dois meses — Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília.
Mesmo sem saber ao certo os dados da força de trabalho da saúde do DF, o diretor do instituto disse que não será necessário realizar novas contratações para a expansão do modelo nas demais unidades. Pelo menos, no momento.
“Se conseguirmos organizar todo o serviço com quem está lá, é possível que a gente não contrate”.
“No Hospital de Base temos 2 mil servidores efetivos e 1.3 mil contratados e há deficiência ainda. A prioridade será para chamar quem é da rede de saúde. Agora, não tendo especialidades, vamos abrir o processo para contratação”, explicou Araújo.
Fonte: G1 Distrito Federal