Retomada de cirurgias oncológicas de cabeça e pescoço reduz o tempo de espera dos pacientes
O esforço concentrado das cirurgias que o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) está realizando no Hospital de Base (HB) em parceria com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) vai reduzir a fila dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço.
A decisão de retomar as cirurgias em processo de força-tarefa aconteceu depois da análise das necessidades dos pacientes acometidos por diversas patologias, e que aguardavam por atendimento desde o início da pandemia da covid-19, conforme relata o diretor-presidente do IGESDF, Sergio Costa.
“As enfermidades, entre elas as que constituem as principais causas de mortalidade em todo o mundo, como as doenças cardiovasculares e a oncologia, não deixaram de existir nesses meses de covid. Por isso, entendemos que deveríamos continuar dando andamento para as necessidades dos pacientes. Dessa forma, com a análise das demandas do complexo regulador, que é baseado em critérios pré-estabelecidos, inclusive de segurança para os procedimentos, resolvemos atuar para reduzir as filas, mitigando o tempo de espera dos pacientes”, explicou o presidente.
O superintendente do Hospital de Base, Lucas Seixas, confirmou que, até o momento, foram operados, ou submetidos a procedimentos de alta complexidade, 567 pacientes no Hospital de Base.
“A força-tarefa está priorizando, nesse momento, as patologias como o câncer, pois alguns pacientes já estavam se tornando crônicos”, acentua Lucas.
“Considerando a vulnerabilidade dos pacientes acometidos pelo câncer, que, em muitos casos tem como única opção de tratamento a cirurgia, é importante que possamos dar seguimento nos procedimentos, justamente, para diminuir o número de internações e, evitar a exposição deles nessa época de pandemia”, explica o chefe de cirurgia de cabeça e pescoço, Rafael de Almeida Rezende.
FORÇA-TAREFA – Desde julho deste ano as equipes do HB têm se mobilizado na realização de força-tarefa para atender pacientes que estavam represados nas filas por conta da pandemia do novo coronavírus.
Até o momento, foram 42 procedimentos de cateterismo, 62 cirurgias urológicas, 109 cirurgias ortopédicas, 30 procedimentos de mastologia, 30 cirurgias de ginecologia oncológica, 34 cirurgias cardíacas, 220 atendimentos na hemodinâmica com a realização de 100 atendimentos terapêuticos, e 40 procedimentos cirúrgicos de cabeça e pescoço.
A realização das cirurgias se dá com o cadastramento dos pacientes na Central de Regulação (CRDF) e, a partir disso, são chamados para operar de acordo com o diagnóstico. Os pacientes com tumores mais agressivos têm prioridade de acordo com os protocolos estabelecidos.
Texto: Mara Moreira / Agência IGESDF
Fotos: Davidyson Damasceno / Agência IGESDF