Secretaria de Saúde conta com onze mamógrafos disponíveis e a oferta é bem maior do que a procura por exames
O Governo do Distrito Federal conseguiu zerar a fila para exames de mamografia na rede pública. Desde o ano passado, além de ampliar o atendimento para esse tipo de demanda, a Secretaria de Saúde investiu na qualidade do serviço com instalação de cinco novos mamógrafos digitais de alta resolução. O resultado foi a oferta de 14.118 vagas pela regulação até o final do mês de agosto deste ano para uma demanda de 7.596 exames de mamografia no mesmo período.
Para ampliar a oferta ainda mais neste Outubro Rosa, dedicado à prevenção e enfrentamento do câncer de mama, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), desde o dia 5 de outubro, voltou a fazer exames de mamografia, depois de 14 meses com o aparelho parado por problemas técnicos. Mais 20 vagas por dia passaram a ser oferecidas, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, com uma capacidade média para realizar 400 procedimentos por mês.
Sem fila de espera para a realização do exame no DF, facilita ainda mais o acesso das pacientes ao serviço e garante mais rapidez e segurança para os diagnósticos. A rede pública conta atualmente com 11 mamógrafos distribuídos por todo o Distrito Federal. Os exames são feitos nos hospitais de Base, Santa Maria, Taguatinga, Samambaia, Gama, Sobradinho, Ceilândia, Região Leste, Materno Infantil de Brasília, Universitário de Brasília, além da Central de Radiologia de Taguatinga.
O único mamógrafo que não funciona atualmente, na rede pública, é o do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), cujo conserto já foi solicitado e será realizado nos próximos dias. O atendimento, no entanto, não foi prejudicado em momento algum. Como a oferta é maior que a demanda e não há fila de espera, os exames de mamografia estão disponíveis a toda a população que mais precisa. A Secretaria de Saúde está ofertando uma média de mil vagas de mamografia por mês.
O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, destacou que o Governo do Distrito Federal tem trabalhado para melhorar cada vez mais o atendimento às mulheres. “O aumento da oferta de equipamentos para realização de mamografia fez com que o DF seja, hoje, capaz de ofertar exames para todas as pacientes do DF e do Entorno”, ressaltou.
Somente no Hospital de Base, no Hospital de Santa Maria e nas seis Unidades de Pronto-Atendimento (Upas) administrados pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), a expectativa é atender mais de 1,1 mil mulheres com a campanha Outubro Rosa.
Centro Especializado
Uma das grandes expectativas para este mês é a entrega do primeiro Centro Especializado de Saúde da Mulher (Cesmu), também chamado de Clínica da Mulher. Ele irá concentrar as ações na Saúde da Mulher, no âmbito da atenção secundária à saúde.
O objetivo é transformar a policlínica localizada na 514 Sul em um espaço do Cesmu para implementação da linha de cuidado em Atenção à Saúde da Mulher, incluindo especialidades médicas e não médicas e serviço de apoio às vítimas de violência para mulheres.
O espaço passou por uma pequena reforma, com adequações como a construção de banheiros anexados a consultórios para consulta em ginecologia; instalação de bancadas e armários; instalação de isolamento acústico, entre outros.
No centro serão disponibilizados serviços que atendam mulheres adultas, acima de 18 anos, em qualquer período do ciclo da vida, nos seguintes aspectos: acolhimento da gestante de alto risco referenciada; plano de parto (em casos de gestantes); acesso aos medicamentos necessários para Saúde da Mulher; encaminhamentos responsáveis; acesso a pré-natal de alto risco; acompanhamento puerperal especializado; ginecologia especializada; oncoginecologia; mastologia especializada; atendimento psicológico; entre outros serviços.
Entenda o fluxo
O primeiro atendimento é feito em uma unidade básica de saúde (UBS), que solicita os exames e faz o encaminhamento às unidades especializadas em caso de desconfiança de doença. Depois de solicitado o exame, a paciente entra para o sistema de regulação e pode aguardar de três a 30 dias para realizá-lo. A recomendação é informar aos menos dois telefones de contato.
As diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer de mama preconizam a oferta de mamografia para mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos. Elas devem ser orientadas sobre riscos e benefícios do rastreamento mamográfico para que exerçam o seu direito de fazer ou não o exame de rotina. Mulheres com idade entre 35 a 40 anos devem realizar o primeiro exame para servir de parâmetro para as avaliações futuras.
Modernização
Para modernizar o atendimento, o Governo do Distrito Federal instalou no ano passado cinco novos mamógrafos digitais de alta resolução com estação de trabalho e que realizam procedimentos de biópsia. Os novos equipamentos garantem melhor qualidade de imagem e menor exposição à radiação.
Os mamógrafos adquiridos realizam esteriotaxia. Trata-se de um exame que serve para localizar nódulos não palpáveis ou microcalcificações. Nele, é realizado biópsia com retirada do material para estudo e verificação do diagnóstico.
As unidades que receberam o equipamento foram os hospitais de Sobradinho, Taguatinga, Materno Infantil de Brasília, Base e o Centro de Radiologia de Taguatinga.
Além disso, o Hospital da Região Leste (HRL, antigo Hospital do Paranoá) também recebeu no ano passado um aparelho com contrato de manutenção regular, o que permite uma continuidade nos exames oferecidos à população.
Texto: Agência Saúde
Fotos Davidyson Damasceno/IGESDF