Na manhã de quarta-feira (22), o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e o Hospital Regional de Santa Maria deram mais um grande passo para tornar as cirurgias mais seguras. Em reunião com a direção do hospital, médicos cirurgiões, anestesistas e equipes de enfermagem, foi apresentado o Programa de Redução de Infecção de Sítios Cirúrgicos (PRISC), uma iniciativa voltada para a assistência integral ao paciente desde a primeira consulta até o período pós-alta.
O programa foi idealizado para reduzir complicações cirúrgicas, aprimorar o fluxo de atendimento e garantir mais segurança aos pacientes. Segundo o coordenador do projeto e chefe do NCIH, Dr Julival Ribeiro, “as infecções em sítios cirúrgicos representam um dos principais desafios em hospitais, sobretudo em países de média e baixa renda”.
A iniciativa foi elogiada pela Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecções e Epidemiologia Hospitalar (ABIH), destacando o pioneirismo do programa no país. Segundo o infectologista do Hospital de Base, Dr Tazio Vanni, “o desenvolvimento do Programa contou com contribuições de instituições de prestígio, como a Universidade de Catalunha, na Espanha, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e a USAID”.
“A troca de conhecimentos com especialistas internacionais, incluindo o cirurgião e diretor-assistente de Saúde Global da USAID, Dr. Atul Gawande, da Universidade de Harvard, foram essenciais para a formulação das estratégias incluídas no PRISC”, segundo o Dr Julival. “Cabe salientar que até 60% das ISCs podem ser prevenidas com medidas baseadas em evidências científicas”, acrescentou o Dr Daniel Pompetti do NCIH-HRSM.
O Programa de Redução de Infecção de Sítios Cirúrgicos (PRISC) deverá ser implementado de forma integrada tanto no Hospital de Base quanto no Hospital Regional de Santa Maria, aprimorando a política de excelência do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). “A abordagem conjunta entre os núcleos de controle de infecção e as equipes cirúrgicas visa fortalecer os indicadores de saúde da rede pública, garantindo benefícios tanto para os pacientes quanto para o sistema hospitalar”, conclui a enfermeira Aldyennes Carvalho, coordenadora substituta do NCIH-HRSM.
Segundo os idealizadores do programa, para se minimizar diferentes tipos de ISCs se faz necessária uma intervenção multimodal. Uma intervenção multimodal pode incluir os bundles, bem como os pontos de atenção, checklists e recomendações de boas práticas. A intervenção multimodal é o eixo central do PRISC. Mas para se garantir a implementação e a adesão deste eixo, é preciso integrá-lo aos eixos de educação, comunicação e monitoramento/gestão.
A expectativa é que o programa sirva como referência para outras instituições de saúde no Brasil, consolidando o IgesDF como um modelo de inovação e excelência no combate às infecções hospitalares.
Agradecimentos especiais são devidos ao Dr Juracy Cavalcante Lacerda Júnior (Diretor-Presidente do IgesDF), que com sua visão moderna no que tange a gestão à saúde, compartilhada pelo Dr Rodolfo Lira (DIASE-IgesDF), Dra. Emanuela Dourado Ferraz (DIEP-IgesDF), Dr Guilherme Porfírio (Superintendente do HBDF/IGESDF), Dra. Fernanda Abdul Hak (GEGAS-HBDF), Dra. Eliane Abreu, Superintendente do HRSM e Dr Rodrigo Rossi, Gerente Geral de Assistência do HRSM, que têm apoiado o desenvolvimento do programa.
