Um novo tempo de controle online foi iniciado nesta semana no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), a segunda maior unidade de saúde pública do Governo do Distrito Federal (GDF). Houve o início de implantação de projeto nessa rede intitulado Gestão de Leitos Centralizada. O processo deverá ser concluído em 30 dias, prevendo impactos positivos para os pacientes, os profissionais e a instituição.
Sem nenhum custo adicional ao HRSM, a experiência passou a monitorar em tempo real o total de 409 vagas de internação e o tempo de realização dos serviços de limpeza e hotelaria a cargo de empresas terceirizadas. Além disso, as equipes de assistência aos pacientes e outras áreas do Hospital deixarão de ter que inserir informações sobre a ocupação de leitos, em plataforma digital, para focar mais em suas atividades específicas.
Menos desgastes
Esses benefícios foram destacados pela superintendente do HRSM, Eliane Abreu, ao comemorar o início da implantação do projeto nessa segunda-feira (31). O HRSM é administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), além do Hospital de Base do DF e de 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
“A implantação da Gestão de Leitos Centralizada promove um melhor e mais efetivo gerenciamento dos leitos operacionais no Hospital e permite enxergar, com mais facilidade, toda a capacidade instalada de leitos nas áreas”, reforçou.
Assinalou também que a implantação do projeto era necessária, em um hospital do porte do HRSM, com números expressivos de atendimentos e internações clínicas e cirúrgicas.
”O gerenciamento eficiente igualmente nos remete a processos de segurança do paciente em todo seu ciclo de internação e menos desgastes às equipes assistenciais, considerando que o processo anterior à Gestão de Leitos Centralizada, ficava sob responsabilidade da Enfermagem”.
Ocupação mais rápida
Segundo o chefe de Regulação do HRSM, Jonatham Pereira, o novo controle da capacidade instalada permitirá menor tempo para a ocupação dos leitos vagos. “Saberemos em tempo real as vagas disponíveis, o que levava mais tempo antes, porque as enfermeiras tinham outras prioridades de atendimento dos pacientes. Essa parte burocrática ficará agora com a Regulação”, explicou.
Outra vantagem apontada pelo gestor é que a Gestão de Leitos Centralizada proporcionará também o monitoramento do tempo dos serviços de limpeza e hotelaria prestados por empresas terceirizadas.
Pontuou que, nos contratos firmados com as empresas vencedoras de licitação, quando um leito fica vago, há sempre os tempos previstos, por exemplo, para os serviços de limpeza, arrumação e forração dos leitos e de hotelaria. “Isso vem nos relatórios das empresas, mas não conseguimos monitorar se esses prazos estão cumpridos, o que será possível agora!”, comparou.
Gargalos
Elaborado ao longo de sete meses, o projeto foi também enaltecido pela chefe do Núcleo de Gestão de Leitos Hospitalares do HRSM, Máslova Ayres. “Teremos agora como precisar o tempo de permanência dos pacientes e descobrir onde estão os gargalos para reduzir os custos das internações”, ressaltou.
O projeto vai ser reavaliado no tempo de implantação. Depois, será transformada em atividade permanente sob contínuas melhorias, como a redução do tempo de espera para as informações e o tempo de permanência de cada paciente.