O Instituto Hospital de Base (IHB) recebeu oito novas torres para exames de broncoscopia, endoscopia e colonoscopia, regulados e de emergência. Também foram adquiridos dez tubos de endoscopia digestiva alta e seis de colonoscopia, que serão usados no ambulatório do instituto, no pronto-socorro e no centro cirúrgico. O equipamento de última geração é o que existe de mais moderno no cenário hospitalar. Essa tecnologia vai permitir dobrar, inicialmente, o número de exames realizados, podendo até triplicar o volume nos próximos meses.
O serviço de broncoscopia do IHB é o único da rede pública do Distrito Federal. Funciona 24 horas atendendo à população local, do entorno e de outros estados como Bahia, Goiás e Mato Grosso. Segundo o médico broncoscopista Eduardo Felipe, os ganhos com os novos aparelhos serão inúmeros: “os pacientes com câncer de pulmão, por exemplo, poderão contar com uma tecnologia mais eficiente. Também aumentaremos a quantidade de exames, com chances de dobrar o número atual de 6 para 12 por dia”, ressalta o especialista.
O médico ainda destaca que a tecnologia “Narrow Band Imaging” (NBI) gera uma imagem mais definida, principalmente para verificar lesões cancerígenas. O equipamento ainda será empregado nos tratamentos pulmonares de tuberculose, hemorragia e para aspirar corpos estranhos que entram pela via aérea, podendo sufocar crianças e adultos. “Nesses casos, um atendimento rápido pode salvar a vida de uma pessoa”, alerta o doutor Eduardo Felipe.
Avanços também chegaram à gastroenterologia e proctologia
Já na gastroenterologia e na proctologia, a expectativa é de realizar até 35 exames de endoscopia, colonoscopia e outros da área digestiva, por turno. Antes eram feitos apenas seis, e ainda era necessário deslocar o equipamento do ambulatório para o centro cirúrgico, a fim de atender aos pacientes internados.
De acordo com o chefe da grastroenterologia do IHB, doutor José Eduardo Trevisolli, a equipe dispunha de apenas três torres completas com tecnologia anterior, usadas para exames de endoscopia digestiva alta e colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE). “Para fazer exames de urgência, tínhamos que deslocar o aparelho para o centro cirúrgico ou o pronto-socorro. Por causa da longa distância, o número de exames ambulatoriais diminuía, o aparelho se desgastava mais rápido e ainda corria o risco de sofrer eventuais acidentes durante o percurso”, lembra o médico. “Agora que as novas torres estão alocadas nos locais estratégicos, o volume de exames vai aumentar consideravelmente”, analisa Trevisolli.
O médico afirma que a tecnologia avançada vai permitir que os especialistas consigam identificar lesões tumorais de forma precoce, possibilitando o diagnóstico em fase inicial e um tratamento eficaz. Isso evitará a progressão da doença e procedimentos mais caros, com maior morbidade para o paciente e custo mais alto para a rede pública de saúde. “Se a equipe consegue retirar um tumor de estômago precoce endoscopicamente, evita-se um futuro tratamento de quimioterapia ou uma cirurgia oncológica mais complexa”, conclui.