Equipe estuda novas drogas para tratamento de câncer
Buscando mais conhecimento para atender os pacientes, o médico oncologista do Hospital de Base, Daniel Girardi, foi para cidade de Bethesda no Estado de Maryland nos EUA, onde fica localizado uma das maiores instituições voltadas para estudos oncológicos do mundo, a National Institutes of Health. Lá ele ajuda na etapa final da análise de dados e avaliação de diversos estudos clínicos em pesquisa medicamentosa para descobrir novas drogas na luta contra o câncer, principalmente os de trato urinário.
De acordo com o profissional, o estudo, que está na fase um da pesquisa, avalia a combinação de três drogas: Cabozantinibe, Nivolumabe e o Ipilimumabe.
“As avaliações são feitas combinando as medicações de duas formas diferentes: uma forma era associar o Cabozantinibe e o Nivolumabe, e a outra era associar as três drogas juntas. A ideia é saber se a combinação é segura para pacientes com câncer do trato geniturinário metastático, predominantemente em pacientes com câncer de bexiga, mas, também, foram testados pacientes com câncer de rim, testículo, pênis e tumores mais raros da bexiga e do rim”, explica Daniel.
Segundo ele, o objetivo primario do estudo é avaliar se as combinação são seguras e eficazes. Os testes incluiram pacientes que já tinham recebido os mais diversos tipos de tratamento padrão para as respectivas doenças e não tiveram bons resultados.
“Com isso foi provado que as combinações testadas são seguras e eficazes nos pacientes com tumores de bexiga e de trato urinário. Os pacientes avaliados conseguiram tolerar bem as combinações e tiveram bons resultados. Os resultados de eficácia foram muito bons em pacientes com câncer de rim, cancer de bexiga e tumores raros do sistema urinário. A analise mostra que os tumores regrediram de tamanho e os pacientes estão vivendo mais tempo, com mais qualidade de vida”, disse Girardi.
O médico destacou que, baseado nos bons resultados obtidos, os testes foram ampliados para mais pacientes em outros estudos e universidades, assim a avaliação da droga terá mais amplitude e validação.
“Esse estudo é muito importante, seguro e eficaz, e ajudou a desenvolver vários outros estudos que serão apresentados no Congresso Europeu de Oncologia que acontece no próximo fim de semana”, finalizou.
Para o diretor de Inovação, Ensino e Pesquisa do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF), Everton Macêdo, a participação de profissionais do Hospital de Base e do IGESDF em pesquisas de alto impacto é importante para trazer as melhores práticas em saúde.
“Contamos com profissionais atualizados, que não somente aplicam as melhores condutas, como também geram conhecimento de qualidade. Ao retornar de aperfeiçoamento em instituições de excelência, nossos pesquisadores trazem inovações para cuidado aos pacientes e também trazem possibilidades de projetos que contribuem para desenvolver cada vez mais a pesquisa no instituto”, acentuou o diretor.
Texto: Thamara Amorelli / Ascom IGESDF