O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) foi alvo de ataques por parte da imprensa brasiliense, que nesta quinta-feira (19) veiculou fotos que supostamente mostrariam superlotação de pacientes nos corredores do Pronto Socorro e a falta de embalagens apropriadas para descarte de seringas, agulhas e luvas hospitalares.
O superintendente do HB, Paulo Cortez, e o chefe da Central Tática de Resolutividade, Klever Souza, negaram que esses problemas estejam ocorrendo e repudiaram as denúncias, argumentando que as imagens não refletem a realidade do Hospital de Base e podem ter sido produzidas apenas com intenção de prejudicar as atividades da unidade.
Rotina normal
Cortez garante que não há superlotação nem nos corredores nem nas demais dependências do Pronto Socorro. Para comprovar, foram feitas fotos na tarde desta quinta-feira do local. As fotos mostram cena rotineira no corredor do PS: pacientes deitados em camas hospitalares, sem aglomeração, sem superlotação e sem improvisação. “Essa é a situação rotineira, normal no dia a dia do Pronto Socorro”, ressalta Cortez.
O superintendente esclareceu que, por causa da pandemia, o HB segue os protocolos de segurança para evitar que profissionais de saúde, pacientes e visitantes sejam contaminados pela covid-19. Seguindo esses protocolos, a superintendência do Hospital de Base não admite nem permite aglomerações em qualquer dependência da unidade sob pena de punição dos responsáveis pelos setores. Assim, conforme Cortez, não se aceita aglomeração nem superlotação de pacientes ao contrário do que sugere as fotos veiculadas pela imprensa.
O superintendente explicou que alguns pacientes estão ocupando o corredor porque, com a pandemia, foi preciso criar uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 dentro do Pronto Socorro. Com isso, as áreas destinadas os casos emergenciais que chegam ao HB foram reduzidas.
Mas diante da redução do número de enfermos internados na UTI Covid-19, a direção do HB informou que já começa a executar o plano de remanejamento desses enfermos para outra área do hospital, mantendo todos os protocolos de segurança para evitar a contaminação e garantir que os doentes sejam bem assistidos. Com o remanejamento, novas vagas serão abertas no Pronto Socorro, segundo Cortez.
Estoques
Já o chefe da Central Tática de Resolutividade do HB, Klever Souza, garantiu que não faltam embalagens para recolhimento de pequenos materiais hospitalares descartáveis, como agulhas, seringas e luvas. Ressaltou que a embalagem mostrada na foto veiculada pela mídia não é do mesmo tipo e padrão adotados no Hospital de Base.
A foto reproduzida pela mídia mostra um saco de plástico com agulhas e seringas usadas, o que seria uma comprovação de que o HB não tem em estoque embalagens adequadas para recolher esse tipo de lixo.
Mas nos estoques do HB, mostrado por Klever Souza, é possível ver que não faltam produtos para recolhimento desse lixo hospitalar. Esses produtos formam um conjunto composto por caixa de papelão, lixeira plástica e sacos especiais também de material plástico. O conjunto pode ser visto em lugares estratégicos das áreas de internação HB. “Temos esses produtos em vários setores e no nosso estoque”, garantiu Souza.
A direção do Hospital de Base, unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IGESDF), ao encaminhar à imprensa nota de esclarecimento, garantiu que o Pronto Socorro continua atendendo normalmente à população do Distrito Federal.