Em tempos de fake news, a informação verdadeira é ainda mais necessária à população. A seguir, algumas das dúvidas mais corriqueiras sobre as vacinas contra a covid-19 e sobre a campanha de vacinação.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial de duas vacinas em solo brasileiro: a CoronaVac, uma parceria do Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac; e a AstraZeneca/Oxford, feita com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A campanha de vacinação começou apenas com a CoronaVac.
Em 17 de dezembro, por dez votos a um, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que a vacina contra a covid-19 é, sim, obrigatória. Além disso, avalizaram que estados, Distrito Federal e municípios têm autonomia para estabelecer regras para a imunização e, se for o caso, aplicar medidas restritivas para quem se recusar a se vacinar.
Sim. As vacinas serão disponibilizadas por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde.
Sim. Todos os laboratórios fabricantes indicam duas doses para garantir a eficácia do imunizante. No caso da CoronaVac, o intervalo entre as doses pode ser de 14 a 28 dias.
Sim. Segundo o infectologista Julival Ribeiro, para uma vacina ser aprovada, precisa apresentar uma eficácia mínima de 50%. A CoronaVac tem eficiência de 50,3% e a AstraZeneca/Oxford, de 70%. “Isso significa que o risco de adoecer de uma forma leve, que não evoluirá para internação ou óbito, é 50,3% ou 70% menor entre vacinados se comparado aos não vacinados”, esclarece o médico.
Não, pois nenhuma das vacinas contém o vírus vivo. No caso da CoronaVac, a plataforma usada é bastante tradicional, por ser a mesma empregada na vacina contra a gripe. Trata-se do vírus inativado, incapaz de se reproduzir, ou seja, de causar a doença. Com isso, o vírus não infecta a pessoa vacinada, e sim estimula a produção de anticorpos contra a covid-19.
Já na AstraZeneca/Oxford, a plataforma utilizada foi a de vetor viral não replicante. Para isso, foi usado um adenovírus, que foi editado geneticamente e no qual foi incluída a proteína Spike do coronavírus. Dessa forma, um antígeno (proteína) vai estimular o sistema imunológico do indivíduo a produzir anticorpos contra o vírus que causa a covid-19.
Sim. Medidas como o distanciamento social, uso de máscara e higienização das mãos devem perdurar por um tempo. “É apenas o início. Temos uma população mundial de mais de 8 bilhões de indivíduos que precisam da vacina”, contabiliza o infectologista Julival Ribeiro. “As vacinas são um dos maiores bens da humanidade para a prevenção de doenças. Temos de olhar para o todo e não para o individual”, conclui.
Emanuela Dourado Rebêlo Ferraz possui bacharel em Psicologia, é especialista em Saúde Mental, tem docência do Ensino, em Perito Examinador do Trânsito e é mestre em Psicologia.
Mariela Sousa de Jesus é graduada em Direito, pós-graduada em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho. Ela ocupou, até então, o cargo de Diretora-Executiva da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciência da Saúde – Fepecs, chefiou o Gabinete da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, dirigiu a Tesouraria da Caixa de Assistência dos Advogados do Brasil/Seccional/DF, atuou na Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel, foi membro da OAB/DF das Comissões da Mulher Advogada e da Comissão de Prerrogativa, além de ter realizado outras funções.
Paulo Ricardo Silva é formado em Direito e pós-graduado em História. Ele ocupou, de maio de 2020 até o momento, o cargo de Secretário Adjunto Executivo de Saúde do Distrito Federal. Paulo Ricardo possui vasta experiência em gestão, inclusive, no Ministério da Saúde, onde coordenou e dirigiu ações do Planejamento e Regulação da Provisão de Profissionais de Saúde (Programa Mais Médicos). Pelo Ministério da Saúde, também participou da publicação da Cartilha do Programa Mais Médicos.