Com um modelo de gestão mais moderno, que permite agilidade nas contratações e no abastecimento, o Hospital de Base alcançou um índice de satisfação de 60,8% por parte dos pacientesCom um modelo de gestão mais moderno, que permite agilidade nas contratações e no abastecimento, o Hospital de Base alcançou um índice de satisfação de 60,8% por parte dos pacientes. O número é resultado de uma pesquisa qualitativa, que captou um cenário em que 40,7% do público considera bom o desempenho da unidade e 20,1% classifica como ótima a assistência.
De acordo com a pesquisa, a percepção de bom desempenho da unidade de saúde foi predominante na classe C2, seguida de D e E. Na avaliação de ótimo, no entanto, as classes D e E lideraram, seguidas da C2, C1 e B2. Esta última, a de maior poder aquisitivo dentre as captadas no estudo, foi a que encabeçou a classificação “ruim”, sendo avaliada por 11 pessoas.
Entre as especialidades médicas, os pacientes ouvidos pelos pesquisadores aprovaram em 100% a Endocrinologia, Ginecologia e Odontologia. Das 14 citadas, nove delas ficaram acima dos 80% de satisfação, três ficaram na casa dos 70%, a Ortopedia ficou na faixa dos 60%, registrando o percentual de 67,5, e a nota mais baixa foi da Pneumologia, com 50%, índice considerado bom.
MELHORIA – As motivações que levaram o público a dar notas positivas, colhidas de forma espontânea, foram a rapidez e agilidade no atendimento, representado em 44,1% das respostas. A melhoria no atendimento foi o motivo, para 12,4% dos entrevistados, para classificar o Base como ótimo ou bom. Neste sentido, 32,2%, o que corresponde a 338 pessoas, afirmaram que foram atendidos facilmente.
O modelo de gestão também passou por avaliação dos entrevistados. Ao todo, 571 deles, o que corresponde a 54,4%, são favoráveis a “continuar com IHB”.
“As facilidades do instituto em comprar medicamentos e contratar profissionais agrada à população porque atende às suas necessidades de imediato. Enquanto que, pela SES, demoramos cerca de seis meses para comprar um medicamento, pelo instituto, conseguimos fazer isso em até 21 dias em razão da legislação”, explicou o secretário de Saúde, Osney Okumoto.
REDE – Para os cidadãos que responderam às perguntas, o que mais dificulta o atendimento na rede pública de saúde do Distrito Federal é a falta de profissionais, com percentual de 69,9%, seguida da demora no atendimento (67,5%) e falta de equipamentos (36,3%).
Essas questões captadas pela pesquisa estão sendo enfrentadas pela nova gestão. Por meio do SOS DF Saúde, o Governo do Distrito Federal busca a contratação de novos profissionais, melhora da estrutura física e de abastecimento, dentre outros. Essas medidas darão melhores condições de assistência ao cidadão que, em breve, poderá mudar a percepção sobre a rede.
“Temos um decreto de emergência, e queremos, nesse período, restabelecer para toda a rede a compra de medicamentos e insumos, e a recuperação de estrutura física, para que possamos atender aos pacientes. Em janeiro, anunciamos R$ 300 milhões em investimentos no servidor público para motivá-los e para recompormos a rede. Teremos, em breve, 561 novos servidores”, destacou o secretário.
O levantamento de dados foi realizado no período de 7 a 10 de dezembro de 2018 e ouviu 1.050 entrevistados. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro é de 3%. A empresa Exata OP foi a responsável pela pesquisa.
Texto: IGESDF/Agência Saúde