IGESDF já investiu mais de R$ 166,3 milhões para enfrentamento da covid-19

IGESDF já investiu mais de R$ 166,3 milhões para enfrentamento da covid-19

Principais investimentos foram feitos para abrir leitos e contratar profissionais

Os recursos aplicados pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF) para enfrentamento da covid-19 no Distrito Federal já atingiram o montante de R$ 166.375.941,43. O valor foi investido na abertura de 362 leitos (248 de UTI , 20 de cuidados intermediários e 94 de retaguarda/enfermaria),  contratação de 1.125 profissionais temporários, aquisição de equipamentos e insumos, além de melhorias na infraestrutura que permitiram atender mais de 25,7 mil pacientes suspeitos e confirmados.

“Estamos preparados com abertura de leitos, capacitações de profissionais, compras de equipamentos de proteção individual e melhorias físicas para atender de forma adequada nossos pacientes e proteger nossos colaboradores. Temos um plano de contingência estruturado que é colocado em prática, gradativamente, de acordo com o cenário que é estudado diariamente em conjunto com a Secretaria de Saúde do DF”, disse o diretor-presidente do IGESDF, Sergio Costa.

LEITOS – A maior parte dos leitos foi aberta no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Primeiro, foram entregues 40 de UTI com ventiladores, no quinto andar, com recursos do próprio hospital. Depois, também com recursos do próprio hospital, mais 36 leitos foram abertos – divididos entre 20 de cuidados intermediários com respiradores e 16 de retaguarda com oxigênio – em parte do ambulatório, em uma área que foi isolada para funcionar como pronto-socorro para COVID-19. Posteriormente, foram contratados 50 leitos de UTI com respiradores que são operados pela empresa Domed. Há, ainda, 45 leitos de enfermaria em pleno funcionamento abertos com recursos próprios.

No Hospital de Base (HB), em área reservada e isolada, há 66 leitos de UTI com suporte ventilatório para pacientes com covid-19, sendo que 20 deles são operados pela empresa Aparecidense de Terapia Intensiva (OATI). O HB é referência apenas para casos específicos de pacientes imunodeprimidos como aqueles que têm câncer e trauma, por isso, a recuperação pode se tornar mais difícil e o índice e mortalidade pela doença se tornar elevado.

Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Núcleo Bandeirante, 42 leitos de UTI com respiradores foram montados sob contrato com o Hospital Maria Auxiliadora. Outros 30 leitos foram abertos em Ceilândia (10 próprios de observação e 20 de UTI com respiradores contratados pela OATI), 30 em Sobradinho (20 de UTI com respiradores contratados com a empresa Instituto Med Aid Saude – Imas e 10 próprios de observação) e 23 em São Sebastião (10 de UTI sob contrato com a OATI e 13 próprios de observação).

TENDAS – O IGESDF montou postos de atendimento rápido para atender casos suspeitos da covid-19 em tendas que têm estrutura reforçada e adequada nas UPAs e no HRSM. Elas contam com médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. A tenda do HRSM funciona de forma articulada com o pronto-socorro que foi montado para covid-19 na unidade. Ao lado da tenda, foram instalados dois sanitários com rede de água e esgoto para pacientes, que passam por higienização frequentemente.

REESTRUTURAÇÃO DAS UNIDADES – As unidades que estão atendendo casos de coronavírus passaram por diversas adequações. No Hospital de Base, o pronto-socorro foi dividido em duas alas, sendo que a norte continua fazendo o atendimento rotineiro das doenças comuns e a ala sul está restrita para atendimento de casos de Covid-19, conforme explicou o superintendente Operacional do Hospital de Base, Mauro Fatureto.

“Também foi feita a reestruturação de todas as instalações do pronto-socorro, com reforço de itens como pontos de transmissão de gases medicinais e iluminação, além da instalação de mais dois equipamentos de ar condicionado para melhorar a temperatura do ambiente. Técnicos também fizeram testes da capacidade energética para garantir que todos os equipamentos funcionem adequadamente”, disse o gestor.

Outra ação foi definir rotas de saída de materiais e resíduos que vem da ala sul para evitar contaminação. Em conjunto com as mudanças do pronto-socorro, para o complemento do atendimento das especialidades desse setor, uma tenda foi montada no ambulatório para o atendimento 24h das especialidades de Ortopedia, Onco-hematologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Urologia. O espaço conta com sala de acolhimento, classificação de risco, box de emergência com dois leitos, banheiros e espaço para espera.

Também foi montada, no ambulatório, uma sala exclusiva com cinco leitos para pacientes da Neurocardiologia a fim de que os doentes não fiquem expostos a outras patologias. “Nós estamos firmes no compromisso de melhorar nossos serviços”, complementou o superintendente do Hospital de Base, Weldson Muniz.

Para suprir os setores onde foram feitas modificações para atendimento de casos de covid-19 referenciados, bem como outras áreas que precisavam de reposição, o Hospital de Base (HB) também recebeu o reforço de 33 carrinhos de emergência usados em ocorrência de parada cardiorrespiratória.

Outra melhoria foi a limpeza, que já era freqüente no Hospital de Base, e passou a ser mais rigorosa, com o reforço de 100 auxiliares de serviços gerais contratados por seis meses pelo IGESDF. Com isso, são aproximadamente 420 profissionais cuidando da higienização de todas as alas. O objetivo é aumentar a limpeza e a desinfecção de ambientes e superfícies com foco na covid-19.

No HRSM, todas as áreas onde funciona o atendimento para Covid-19 foram isoladas, bem como contam com o monitoramento 24 horas de vigilantes e elevadores restritos. Em alguns pontos, as portas têm abertura automática para diminuir ainda mais a chance de transmissão do vírus. Os profissionais de saúde têm acesso a uma área de paramentação e desparamentação, refeitório e armários, em área limpa e isolada.

ATENDIMENTOS COVID-19 – Nas UPAs, de março até junho, foram atendidos 18.068 pacientes, sendo 4.273 no Núcleo Bandeirante, 4.029 em Samambaia, 4.691 em Ceilândia, 2.562 em Sobradinho, 1.280 em São Sebastião e 1.233 na UPA do Recanto das Emas.

No Hospital de Base, os atendimentos chegam a 1.248 de março até os primeiros dias de julho. Entre tendas, pronto-socorros, enfermarias e UTIs, no HRSM, os atendimentos somam, de abril até o momento, 6.443, com 866 internações.

CUIDADO COM OS PROFISSIONAIS – Durante a pandemia do coronavírus, o IGESDF está mantendo todos os estoques de equipamentos de proteção individual (EPIs) abastecidos, o que inclui itens essenciais como luvas, óculos, protetores faciais, capotes, máscaras e macacões protetores. A distribuição e o monitoramento estão sendo feito constantemente, sendo o uso feito de forma racional para que não falte futuramente. Além disso, os profissionais estão sendo constantemente testados.

 

Colaborador do IGESDF fazendo testagem para covid-19.

Em apoio aos profissionais que estão no combate da atual pandemia da Covid-19, uma série de capacitações foi realizada, com quase 9 mil participações. A ênfase foi nas condutas relativas ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), que protegem contra o vírus.

“Nossos profissionais de saúde estão preparados, porém, sabemos que a melhor arma é reforçar o conhecimento relativo ao vírus e como devemos lidar com ele. Nesse sentido, unimos esforços para levar apoio aos colaboradores do IGESDF”, disse o gerente da Gestão do Conhecimento do IGESDF, Artur Fonseca.

“Estamos atentos para tudo e todas as mudanças de cenário para agir com rapidez e dar todo o suporte necessário à população do Distrito Federal e aos nossos profissionais”, finalizou o diretor-presidente do IGESDF.

 

Texto: Ailane Silva/Agência IGESDF

Fotos: Davidyson Damasceno/Agência IGESDF

 

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