Unidades foram erguidas, inicialmente, nas UPAs de Ceilândia e Sobradinho, para fazer frente a um possível aumento de casos nesta época do ano –
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) montou duas estruturas especiais para atender pacientes com suspeita de dengue nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Ceilândia e Sobradinho. Ambas foram erguidas em 48 horas, durante o fim de semana. A previsão é de que mais cinco sejam colocadas nas UPAs de São Sebastião, Núcleo Bandeirante, Samambaia e Recanto das Emas, bem como no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM).
O anúncio foi feito pelo o diretor-presidente do IGESDF, Francisco Araújo, durante coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (17). Segundo ele, a iniciativa é uma medida de precaução frente ao possível aumento de casos nesta época do ano. “As tendas são mini-hospitais que contam com macas, consultório e a equipe de saúde atendendo. Funciona nos moldes das UPAs, em um espaço bem estruturado com ar condicionado”, ressaltou.
O gestor esclareceu que a colocação das estruturas foi feita na perspectiva da prevenção para dar mais segurança à população. “As tendas são mais um aporte dentro do contexto da rede de saúde, porque a Secretaria de Saúde também conta com salas de hidratação em alguns hospitais e outras áreas do governo, no que diz respeito à prevenção, faz a limpeza de rua para evitar água parada e a proliferação do mosquito”, disse.
SERVIÇO – Com cerca de 50 metros quadrados, as estruturas contam com sala de triagem, consultório médico, 10 leitos de hidratação venosa e sistema de ar condicionado. No local, é possível fazer o diagnóstico clínico, teste rápido e teste laboratorial processado no laboratório das UPAs, bem como o tratamento com hidratação venosa.
Cada tenda conta com quatro médicos, seis técnicos de enfermagem, três enfermeiros, três técnicos de laboratório, três analistas de laboratório, três auxiliares de atendimento e dois auxiliares de serviços gerais para fazer a limpeza.
Essas estruturas especiais funcionarão das 7h até às 19h, todos os dias e, se necessário, passarão a funcionar 24h por dia.
SINTOMAS DA DENGUE – Dengue é uma doença febril grave transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para se proliferar.
O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada, mas é importante manter a higiene e evitar água parada todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver. Os principais sintomas da dengue são:
- Febre alta > 38.5ºC.
- Dores musculares intensas.
- Dor ao movimentar os olhos.
- Mal estar.
- Falta de apetite.
- Dor de cabeça.
- Manchas vermelhas no corpo.
COMO PROCEDER – Ao sentir os primeiros sintomas da dengue, o paciente deve procurar a UBS mais próxima da sua residência. Lá, será feita uma avaliação e, caso se confirme, a pessoa será encaminhada para o tratamento adequado nas estruturas especiais do IGESDF ou unidade hospitalar mais próxima.
DADOS – Segundo o Boletim Epidemiológico nº 4 de 2020 da Secretaria de Saúde, o Distrito Federal registrou 1.419 casos prováveis de dengue nas primeiras semanas de janeiro deste ano. Um caso evoluiu para óbito. Do total de casos, 91,33% são moradores do Distrito Federal. As crianças menores de um ano de idade e as pessoas com mais e 50 anos foram as mais atingidas pela doença.
COMBATE AO AEDES – O engajamento da população é fundamental no combate ao Aedes aegypti. A principal forma de se prevenir contra as doenças transmitidas pelo mosquito é manter o monitoramento constante nas residências, sempre buscando evitar água parada e a proliferação do inseto. Confira algumas dicas:
– mantenha caixas d’água, tonéis e barris de água tampados;
– mantenha garrafas de vidro ou plástico sempre com a boca para baixo;
– encha os pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda;
– limpe as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas impeçam a passagem da água;
– em caso de identificação de focos do mosquito, acione a Vigilância Ambiental pelo telefone 160.
Texto: Ailane Silva/IGESDF
Fotos: Davidyson Damasceno/IGESDF