A osteoporose é uma doença caracterizada pela perda progressiva de massa óssea, o que pode fazer com que os ossos fiquem enfraquecidos, resultando em fraturas. A doença acomete os idosos, em sua grande maioria, mas pode atingir crianças, adolescentes e jovens adultos.
O principal fator por trás da osteoporose na infância está atrelado ao processo de formação óssea, à baixa ingestão de cálcio, fósforo, magnésio e vitamina D. O que favorece o desenvolvimento da osteopenia e osteoporose. “A ostopenia é quando o paciente já tem a baixa quantidade de cálcio dentro do osso e pode evoluir para a osteoporose que é quando osso fica mais frágil e quebradiço”, explicou o chefe do serviço de Ortopedia e Traumatologia do HRSM, Rodrigo do Carmo Silva.
A condição pode ser corrigida na infância com acompanhamento pediátrico dos pais, pelo menos, uma vez a cada seis meses. Além disso, o tabagismo e o alcoolismo também favorece o desenvolvimento da osteoporose e de outras doenças osteometabólicas.
Ainda que sejam casos raros, tanto na infância quanto na adolescência, as causas primárias para o surgimento da doença são deficiência de hormônio, deficiência de vitamina D, baixa ingestão de cálcio e desnutrição. Já no idoso, a doença surge de um desgaste natural e do processo de envelhecimento. “É como se fosse uma doença de formiguinha, desde a infância ou adolescência, o depósito de cálcio vai sendo feito. Só que o inverso também, quando o paciente vai ficando velho. O osso também vai envelhecendo e ocasiona esse problema que é a osteoporose”, disse Santos.
Segundo o médico, no caso dos idosos, grupo normalmente acometido pela doença, o diagnóstico da osteoporose ocorre após sofrer fratura. “A grande maioria dos idosos não fazem o acompanhamento ambulatorial adequado. É fundamental, a todo paciente acima de 60 anos, a realização do exame de densitometria óssea”, ressaltou Silva.
Atividade física no tratamento
Exercícios físicos são excelentes aliados no tratamento do paciente com osteoporose. Quando o paciente fica muito tempo acamado, o osso do corpo começa a ficar poroso devido ao baixo uso. Ao realizar a densitometria óssea é possível diagnosticar a fragilidade do osso.
Com a realização da atividade física, o osso é remodelado continuamente. “Quando você está fazendo algum tipo de atividade física, ainda que apresente microfratura, recebe depósito de cálcio e isso é muito benéfico. Até no andar simples, você está toda hora, quebrando e remodelando esse osso”, explicou o médico.
Para os idosos o recomendável é realizar atividades físicas de baixo impacto, como caminhadas e natação, sendo contraindicadas atividades físicas de alto impacto, como vôlei, basquete, tênis, algumas atividades de academia, entre outras.
