Cuidado com saúde mental de colaboradores melhora atendimento à população

Cuidado com saúde mental de colaboradores melhora atendimento à população

Desde que o projeto Acolher foi criado pelo IGESDF, em julho de 2021, cerca de 720 atendimentos psicológicos foram realizados

Com indicadores que refletem a grande efetividade do cuidado preventivo com a saúde mental dos profissionais de saúde, o ‘Projeto Acolher: Cuidando da Saúde Mental do Colaborador’ foi apresentado pela diretora-presidente substituta do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF), Mariela Souza de Jesus, à secretária da Mulher, Ericka Filippelli, nesta segunda-feira (7).

96% dos profissionais atendidos mantiveram-se em condições de permanecer no exercício das atividades laborais

A secretária visitou, a convite da diretora, no Hospital de Base (HB), um dos espaços onde funciona o projeto que oferece atendimento psicológico, psiquiátrico, acupuntura e reiki aos colaboradores. Desde que o projeto foi criado, em julho de 2021, cerca de 720 atendimentos psicológicos foram realizados e, de acordo com o balanço oficial, 96% dos profissionais atendidos mantiveram-se em condições de permanecer no exercício das atividades laborais.

A secretária da Mulher ressaltou que, na área da saúde, há um grande volume de mulheres atuando

Para Mariela, o projeto Acolher tem tido um resultado muito positivo, que reflete diretamente na melhoria do atendimento à população do DF que usa os serviços prestados pelo Hospital de Base, Hospital de Santa Maria e UPAs. “Vamos apresentar os dados do projeto às pastas do GDF e convidá-las a conhecer as instalações de atendimento. Acreditamos que colaboradores com saúde física e emocional plenas atendem melhor à população, e, neste sentido, temos obtido sucesso”.

A médica psiquiatra Renata Rainha, que atua desde o início na iniciativa, lembrou que o Acolher foi criado em meio à pandemia, em um momento em que colaboradores estavam muito fragilizados, alguns haviam perdido familiares com covid-19 e, ao mesmo tempo, estavam expostos ao coronavírus cuidando de outras pessoas com a doença.

“Acreditamos que colaboradores com saúde física e emocional plenas atendem melhor à população, e, neste sentido, temos obtido sucesso”, ressalta Mariela Souza de Jesus, diretora-presidente substituta do IGESDF

“O projeto Acolher veio como uma iniciativa da vice-presidente do IGESDF, Mariela Souza de Jesus. Ela viu que os profissionais do IGESDF estavam realmente adoecidos por causa da pandemia e solicitou a criação de um projeto para acolher e tratar os colaboradores”, disse Renata Rainha.

Segundo ela, atualmente, há três psiquiatras e quatro psicólogas que realizam o atendimento em todas as unidades do IGESDF: Hospital de Base (HB), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e unidades de pronto atendimento (UPAs).

Durante o encontro, Mariela informou que o número de mulheres que precisam de assistência é bem maior que o número de homens. A diretora acrescentou que o Projeto também tem atuado no acolhimento relacionado a situações de violência, a exemplo da violência doméstica.

A secretária da Mulher ressaltou que, na área da saúde, há um grande volume de mulheres atuando. “Estou encantada com o cuidado que eu estou vendo no projeto Acolher, voltado para cuidar de quem cuida. E, quando falamos da violência contra a mulher, vemos isso enraizado em todos os níveis sociais; então, é muito importante saber que o ‘Acolher’ também destina um olhar para essas situações”, acrescentou. Segundo a secretária, mais de 70% das mulheres vítimas de feminicídio no DF não chegaram a ir à delegacia.

Diante dos dados, a presidente substituta do IGESDF destacou que, em março, mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher (8), a ideia é preparar uma campanha. “No mês da mulher, temos que falar sobre a violência doméstica e explicar que ela pode denunciar”, disse.

A secretária da Mulher ressaltou que hoje há uma demanda crescente relacionada ao cuidado com os profissionais. “Com certeza queremos apoiar o Projeto Acolher com os nossos programas e ações”, afirmou, ao dizer que conhecer o modelo do projeto Acolher foi fundamental para aplicá-lo em outros locais, “e também queremos aprender para replicar esse cuidado com os trabalhadores e gestores”.

Edição: Renata Lu

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